existem três inimigos que conseguem derrubar um homem em questão de segundos.
o primeiro deles é sua própria cabeça.
um homem pensando está, de fato, armando armadilhas para si mesmo.
um labirinto de idéias, é muito mais perigoso que um labirinto verde.
um novelo de ligações neurais é, de certo, muito mais arriscado que uma teia de aranha.
um homem deve tomar cuidado com o que pensa. tanto na qualidade quanto na quantidade dos pensamentos.
o segundo inimigo implacável é seu próprio coração.
não há rei no reino interno e estrangeiro que é o amor pelo outro.
não existem leis absolutas quando a relatividade em si já é absoluta.
não existem chances nem possibilidades quando tudo gira em torno da improbabilidade da vontade de ter um destino.
um homem deve ter cuidado com o que ama. pois amar é tentar, inutilmente, domar a si mesmo.
o terceiro inimigo indestrutível é a palavra do homem.
a palavra voa: o céu pertence aos pássaros e às palavras.
a palavra machuca: é a úlcera da humanidade.
a palavra realiza o movimento da ida: e, quando volta, acerta o orador como um bumerangue desgovernado.
um homem deve ter cuidado com o que fala. nossos dentes são venenosos e afiados.
e é triste ver um cavaleiro ajoelhar-se perante os três, simultaneamente.
motim das entrelinhas
março 15, 2007
o cavaleiro
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