motim das entrelinhas

motim das entrelinhas
porque nem tudo é como deve ser...

junho 09, 2011

afasia e aletria

às vezes
me esqueço
que as letras
dos livros
são livres
de verdade...

às vezes
me lembro
que as letras
dos livres
são livros
de verdades...

junho 06, 2011

sente o drama

sente o drama aí,
porque esse drama eu já vivi.
vi,
vim,
venci,
vacilei,
vociferei,
com voz feri?
ah... mas esse drama eu já vivi!
vivo, vivo, vivendo o vivido...

vez ou outra.

volte aqui e veja
o que você ainda não viu,
ou viveu...
quem viver, verá!
porque esse drama eu já vi.
a vida imita o drama,
ou o drama imita a vida?
por via das dúvidas,
duvide,
e viva a vida,
sem sentir nada,
mas, pelo menos, você sentiu o drama...

vez ou outra?

todo drama vale a pena!
se a pena for leve pluma de uma ave...
ave maria!
drama não foi feito pra ser sentido?
drama não foi feito pra ser vivido?
então, viva dama, viva o drama!
senão, viva dama, sinta o drama!
às vezes, sinto o seu drama.
às vezes, vivo a sua dama.
você se sente viva?
só, no drama?
só no drama,
você se vive diva!
dica:
melodias...
melodramas...
meus dias?
meus dramas.

vez ou outra!

minha dama,
veja o drama:
sem dama há drama.
com dama não há drama.
sem cama há trauma.
com cama há vida.
havia vida, vez ou outra, nesta vida...
mas vítima de um drama,
vi a vida se esvaindo...
vamos sentir o drama, vez ou outra, nesta vida...
pra ver se a vida deixa de se sentir drama
e fica menos dramática...
menos traumática...
e pronta para ser vivida!
viva a vida!
sinta o drama!
ou viva o drama
e sinta a vida?

a vida deve ser um drama mesmo.

filosofia de boteco?

deixa estar, como será!
tudo posto em seu lugar.
isto posto: amor exigente é o ópio do povo.
do meu posto: amor incondicional é a pirâmide da nova era.
mas só se der para amar sem condições!
puta merda. usaram o "se" de novo.

será que dava pra acrópole explodir
e deixar só o sócrates com a cicuta?
a filosofia, solta, iria rolar!
mas se a acrópole não desmoronar...
e obrigar o velho filósofo a beber...
a vida, presa, iria envenenar...
deixa a acrópole assistir!
assistir de ver ou assistir de ajudar?
a tecnologia, quadrada, iria falhar...

mas ó! toda praça é pública
e lá vou estacionar
meu carrinho de algodão doce
para algo doce tomar.

sócrates pode usar platão!
sócrates pode usar prozac!
sócrates pode beber veneno...
mas sócrates queria amar
e ser amado de volta
porque senão revolta
e não dá mais para filosofar...

a matemática do dia 6/6/11

1 e 1 são dois.
mas só quando são 2.
porque enquanto são 1 e 1, não conseguem ser 2.

6 é um nove de cabeça para baixo.
representa aquele eremita naquele jogo de cartas do futuro.
o futuro?
um outro 6.
que é um nove de cabeça para baixo.
que simboliza aquele ambiente harmônico com cinco pessoas e um assunto.
ou um violão.
o 9, o que é?
representa aquele casal naquele jogo de cartas do futuro.
o futuro?
se ficar enrolando o 69, rolando 69 é que vai ficar!
sei...

seis e seis dá doze.
1 e 2 são três.
mas só dá pra ser assim, quando 1 e 1 são 2.
porque, senão, como é que chega o terceiro?

eu, você e o nosso amor?

tudo tende ao conflito.
tudo tende ao três.
nada tende à harmonia.
nada tende ao dois.

certo?
errado?
será que dava para fazer mais ou menos?
mais pra mais ou mais pra menos?
menos pra mais ou menos pra menos?
sei...

sei, sei, sei.
onde que eu tava com a cabeça?

preso no dia seis do seis do onze.
provavelmente.
possivelmente.
simultaneamente?

já sei!
onze agora é o número da sorte!
porque treze só dá azar, pelo jeito.

mas deixe estar.
uma hora, uma luz há de ser.
ser ou estar?
1 ou 1?

1 e 1 são onze,
1 e 1 são dois, ou
1 e 1 são cada um na sua?

castigo

pelo visto, o senhor Rodrigues tinha acertado de novo!
todo julgamento será castigado.

ele sempre acerta, o doutor Nelson!
toda revelação será castigada.

maldito poeta sacana!
todo homem que se ajoelha se ferra.

maldito cronista realista!
toda mulher que tenta montar te ferra.

maldito Nelson Rodrigues!
toda nudez foi,
é
e será
castigada!

pelo jeito, para sempre...
mas há um jeito de eliminar o para sempre!
poeta! acorda! teu castigo é justamente este:
comprar uma cueca para desfilar por aí...

mágoa

mágoa
magoa
magoaram
o mago ara
o arado
do árido
de um coração.

cadê a água?
má água!
mal agua
meu coração.

mal magoara
o mago que ara
ora
a mágoa
voltou a este corpo.

este corpo está cansado!

mau. mal. má. males.

mágoa não é tudo,
mas também não é nada.

magoara.
ora, uma hora passa
essa má água
e desagua em outro lugar.

que lugar é esse,
que o mago ara?
é um coração árido.

semiárido com má água.
omniárido com mágoa.

mago, volta a arar
porque se depender dessa água
a mágoa
pra sempre
vai ficar.