ela pisa para controlar
ela expulsa para controlar
ela fala mal para controlar
ela é pisada para pirar
ela é expulsa para pirar
ela é maldita para pirar
pira, maldita! pra expulsar ela que controla pisando
pira, maldita! pra controlar ela que pisa expulsando
pira, maldita! pra pisar ela que expulsa controlando
motim das entrelinhas
abril 27, 2015
tá doida no rodízio
sonetos da torre - 2
Este seria mais um dia corriqueiro
Desses que passam arrastando horas:
Sempre passando, senhores, senhoras...
- Xuxu beleza, boa tarde seu porteiro!
Longos minutos depois das dezoito
Alunos vão, barulhentos: "tá na hora!"
Dizem, pelo corredor afora
Indo embora bastante afoitos.
Té mais logo, boa noite, vá com Deus,
Logo mais é xixi, caminha e dormir
Amanhã tem mais e, já, já, amanheceu.
Jantar, estudar e a matéria resumir,
Acordar no outro dia pra ver se aprendeu,
Pois aluno bom não faz o instrutor repetir.
fevereiro 21, 2015
janeiro 07, 2015
sonetos da torre - 1
Aqui, do alto da torre Acaiaca
Conto as horas pra ver minha rainha
Muito bonita, ela é toda minha
Longe no entanto, a falta estaca
Indo bem fundo no peito do vampiro
Justo aquele que atrapalhou tudo
Fez-nos ficar sem ver, mudos e surdos,
Ela achando que sou eu quem piro
Até, amor meu, até quando será assim?
Me beija logo, vem e fala comigo
Ainda não é o momento do fim
Deixa mostrar que não sou teu inimigo
Ama de novo, vai? Vem e ama a mim!
Nos permita praticar um armozinho
novembro 10, 2014
setembro 07, 2014
será que eu poderia conversar com ela?
os médicos decidiram me drogar
permanentemente
disseram que maconha não é legal
repetidamente
não vão me deixar trabalhar
convenientemente
enquanto eu protejo o SUS deles
obedientemente
psiquiatras querem me envenenar
constantemente
não querem me deixar pensar
incomodamente
vão fazer de tudo para me barrar
prepotentemente
o jaleco branco manda mais
notoriamente
e seguem, assim, a me torturar
diariamente
querem me massacrar
psicologicamente
aniquilar qualquer resquício
de mente
e me dar de presente pra uma deles
demente
de que me vale ser um vegetal
figurativamente
um abobalhado sem voz
semelhantemente
a um espantalho inerte
quietamente
sofrendo tal prisão atroz?
francamente!
e eu dizia,
rebeldemente:
- quero um amor pra vida inteira!
constantemente
e me respondiam,
calhordamente:
- só depois que se drogar conosco
invariavelmente
março 16, 2014
ufa
sempre há
uma esperança, não sei de onde,
de que esse glorioso bonde
desembarcará
e aportará
dentro desse mar que está em ti
e toda loucura que reside aqui
se esvairá
e acabará
com o tesão contido que faz maltratar
um pobre homem que só quer gozar...
saravá!
dezembro 08, 2013
setembro 17, 2013
tanto faz...
...tanto fez que tanto faz que tanto fiz que tanto faz que tanto foz que tanto faz que tanto fuz que tanto faz que tento fez que tento faz que tento fiz que tento faz que tento foz que tento fuz que tento faz que tinto fez que tinto faz que tinto fiz que tinto faz que tinto foz que tinto faz que tinto fuz que tinto faz que tonto fez que tonto faz que tonto fiz que tonto faz que tonto foz que tonto faz que tonto fuz que tonto faz...
julho 23, 2013
no repente com o mestre jonas - parte 3
Ele não sabe falar de amor
Tecla com dedos fracos
Sem que saiam letras no papel virtual
Palavras frias, com secura e amargor
Vê uma tela tremula
Após outra embriaguez
Uma noite sem sono
Com estrofes sem rima
Reconhecendo sua derrota literária
A luta de um homem e o papel
De um teclado falho
Pensamentos inócuos
Quando de repente
Vem em sua mente
A seqüência máxima do ardor
Numa única expressão
A significância do seu ser
Resumida em seqüência
De uma pontuação
Ela o acusa de ator
Mal sabe que ele é escritor
Num intermitente cursor na tela
Incapaz de digitar as palavras belas
Ele vê tantas mulheres, uma a uma
Após a outra e a outra
Uma noite sem sexo
Com estrofes sem nexo
Reconhecendo que sua inspiração
É a luta de uma mão contra o teclado
Cheio de letras
E pensamentos eróticos
Quando do nada
Vê a foto de sua amada
Na sequência numérica de um álbum
Num momento congelado
É a possibilidade da história ser feita
Não interrompida a seqüência
De uma pontuação
abril 29, 2013
no repente com a mc sweet - parte 1
pô, dona Língua Portuguesa, assim não dá
quero fazer um poema, mas tá osso de rimá
se quero falar da beleza da noite
sou obrigado a pensar em açoite?
se quero falar de um sentimento forte
tenho que pensar também em morte?
se vou elogiar, lá no céu, a lua
sou obrigado a me inspirar na rua?
se quero falar do amor
tenho que sentir a dor...
pô, Língua Portuguesa, vê se me quebra um galho!
chega de palavra ruim, quero só as do caralho!
Rima noite com norte
fala da vida com sorte
conforte a lua
Chama ela de sua
aborte a rua
de realidade crua
Mas se for
falar de amor
faiz favor
se por dor
que seja
sadomasô
dizem os literatos da elite,
minha querida Sweet,
que amor só é bom se doer!
tenho pra mim que existe,
alguma saída que possibilite
falar de amor sem sofrer!
tenho muito respeito pela bossa
ainda mais se ela é nova
mas ninguém me prova
qu'esse blablabla não passa de uma joça
sigo, então, rimando
e, dentro da possibilidade, amando
entoando o verso, guiado pelo coração
tentando a rima certa na concepção
sadomasoquista?
pode ser que sim... talvez...
a expectativa?
é impossível falar de amor em Português!
quebra o galho ae, porra!
pô, dona Língua Portuguesa, assim não dá
quero fazer um poema, mas tá osso de rimá
se quero falar da beleza da noite
sou obrigado a pensar em açoite?
se quero falar de um sentimento forte
tenho que pensar também em morte?
se vou elogiar, lá no céu, a lua
sou obrigado a me inspirar, ao léu, na rua?
se quero falar do amor
tenho que sentir a dor...
pô, Língua Portuguesa, vê se me quebra um galho!
chega de palavra ruim, quero só as do caralho!
outubro 06, 2012
e mágica, pode?
e tem despacho na esquina
e tem ritual com galinha
e tem vodu na refeição
e ela não viu o boneco postiço
e tem xangô no coração
e ela diz que me laçou no feitiço
e tem círculo de proteção
e tem muita desgraça
e tem beijo de graça
setembro 24, 2012
internacional
eu sei de uma coisa, gringa, não se afoite,
aqui, na terra do samba e do futebol,
debaixo de chuva, é pelada toda noite.
e é pelada todo dia, se debaixo de sol!
agosto 07, 2012
abril 05, 2012
primeiro beijo
nunca fui desses de criar clima
ou de chegar dando em cima
normalmente
elas me beijam
ou eu beijo elas...
ela me beija
ou eu beijo ela
daí a gente se beija
nós beijamos
nos beijamos
nus, beijamos
e é mais ou menos por aí
que esse negócio de beijo vai...
março 15, 2012
janeiro 28, 2012
janeiro 22, 2012
em boa hora
embora eu quisesse,
sou incapaz de sentir
raiva de quem merece.
embora ela me dissesse,
que comigo queria estar,
agora me entristece.
embora triste eu queira ficar,
são tantos calos,
que não vou me calar.
embora calado eu deva estar,
cá ao meu redor,
o mundo só fala de amar...
elementar
engraçado é saber
que ela tem vinte anos
e certa maturidade,
e ver
que quando necessário for
ela não me dará o amor
mas ficará presa à própria idade,
inventando centenas de calamidades
e sofrimentos mil...
engraçado é saber
que quem tem vinte anos
se reserva à particularidade
de agir como um idiota
que tem vinte anos.
janeiro 04, 2012
tempo
o tempo passa
os milênios mudam
os séculos viram
as décadas trocam
os anos seguem
os meses esticam
as semanas fluem
os dias vêm e vão
e, em vão
as horas estacionam
os minutos se arrastam
os segundos me torturam...
aí, num átimo, percebo
que em momento algum, recebo
para ser tão lógico
quant'um ponteiro d'um relógio...
fuga
fuga
parece ser uma constante
ruga
que brota, num instante...
em que uma lágrima,
quas'é arrancada,
como uma página
dum livro da minha estante...
top
é um tal de top 10,
top of the world,
top spinning,
top grinding,
top roundabouting,
top 20, 100, 50
é tanto top
que eu quero que você se top, top, top...
tope!
topa?